O nariz é a porta de entrada da coluna aérea, tornando-se parte fundamental do ciclo respiratório adequado.
Além do caráter estético da harmonização facial, o nariz permite que o ar inspirado pelas narinas seja filtrado, aquecido e enviado de maneira eficiente para os pulmões.
Portanto, a anatomia do septo e suas estruturas relacionadas, como os cornetos, deve permitir que este ciclo aconteça plenamente.
Quando a cirurgia de desvio do septo é indicada
O septo é formado por uma parte cartilaginosa e outra, óssea, e ele separa as narinas esquerda e direita.
Esta estrutura, em algumas pessoas, pode encontrar-se desviada para um lado ou para o outro, podendo acarretar obstrução nasal.
Desta maneira, a dificuldade da respiração nasal pode ser frequente, acarretando problemas diurnos e também noturnos para o paciente. Isto porque, a respiração pela boca não é tão eficiente quanto à respiração nasal pois, apesar da boca aparentar ser maio que o espaço do nariz, a aerodinâmica do septo e dos cornetos nasais, torna o fluxo aéreo laminar. Com isso, maior quantidade de ar chega até os pulmões, ao contrário do que acontece quando é pela boca.
A avaliação tanto da anatomia nasal, quanto da funcionalidade da mucosa nasal ( “membrana” que reveste o nariz) é muito importante para determinar ou não a indicação da cirurgia de correção do desvio septal (associado ou não `chamada turbinectomia, para diminuição dos cornetos).
Outros sintomas que podem indicar que o desvio do septo é significativo são: roncos, parada da respiração (apneia) durante o sono, sinusites de repetição, dores de cabeça frequentes, respiração pela boca, dentre outros.
Caso o paciente apresente estes sintomas de maneira recorrente, o Otorrinolaringologista deve ser procurado para avaliação completa da via aérea superior.
Como é feita a cirurgia de desvio do septo nasal
A correção de desvio do septo e melhora da perviedade nasal é uma cirurgia considerada de baixo risco.
O paciente realiza exames pré-operatórios para avaliação da coagulação, aparelho respiratório baixo (pulmão) e risco cardiovascular, quando necessário. Uma consulta pré-operatória é realizada com a equipe anestésica para a avaliação do risco cirúrgico. Outro consulta prévia ao procedimento é feita com o fornecimento das orientações pré e pós-operatórias, para esclarecimento das dúvidas dos pacientes.
A internação hospitalar é feita no dia da cirurgia, com alta, em sua maioria, no mesmo dia.
Como o nariz e os seios da face são muito vascularizados, os maiores cuidados no pós são em relação à diminuição do risco de sangramento. É sempre orientado ao paciente repouso relativo no início e que evite sol, calor, esforço físico durante a primeira semana, principalmente. A alimentação deve ser fria ou gelada.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como otorrinolaringologista e médica do sono no Rio de Janeiro.