A congestão nasal é um problema muito comum nesta época do ano, devido às infecções virais frequentes. Outras causas são o aumento da poluição, bruscas quedas de temperatura, ar seco e o fato de que roupas e cobertores são retirados dos armários depois de muito tempo guardados. Com o nariz “entupido” com mais frequência, muitas pessoas acabam optando pela automedicação, com o uso de descongestionantes nasais para se livrarem do desconforto.
Segundo a otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa, Dra. Luciane Mello, este incômodo acontece quando os vasos sanguíneos na membrana mucosa nasal ficam “inchados”, afetando a respiração. Os descongestionantes, por sua vez, têm o papel de vasoconstricção, ou seja, diminuem o calibre dos vasos, permitindo uma maior sensação de alívio na respiração.
Entretanto, o uso deve ser realizado com moderação e supervisão médica, já que ele pode causar graves problemas à saúde, como taquicardia, elevação da pressão arterial, dependência e a chamada rinite medicamentosa. O uso constante do vasoconstrictor gera um efeito rebote na mucosa, aumentando os calibres dos vasos, com retorno as sensação de congestão.
“Em casos de problemas para respirar, a melhor opção ainda é lavar as narinas com soro fisiológico. Além disso, os medicamentos só devem ser prescritos após uma avaliação médica pois a congestão nasal também pode ser sinal de doenças inflamatórias, alterações anatômicas, como o desvio de septo,” finaliza a especialista